O MSX, como a maioria dos computadores de sua época, carregava os jogos e demais aplicativos em diferentes mídias, sendo elas:
Fitas cassetes (Cassette Tapes)
Disquetes (floppy disks)
Cartuchos (cartridges)
CD-ROM.
Vamos a uma rápida explanação sobre cada um desses formatos:
FITAS CASSETES

As fitas cassetes, assim como os disquetes, tinham a mesma função:
Gravar seus programas ou aplicativos (quando virgens) e (quando não virgens) rodar os jogos lançados para o sistema.
Obviamente, diferente do que ocorria com os cartuchos, o sistema de carregamento de jogos em fita não era plug-and-play.
Executava-se um determinado comando, (consulte a lista abaixo), e em seguida acionava-se o gravador e aturava-se um ruído horrendo (muito semelhante aos dos modens de internet discada) e depois de alguns minutos (dependendo do tamanho do jogo demorava-se mais ou menos) o jogo era carregado.
Vamos agora ver como eram esses comandos:
run "cas:"
é assim que carrega-se, por exemplo, o jogo Out Run.
ou
load "cas:",r
para arquivos que foram gravados com save
Arquivos gravados com bsave, geralmente os binários (BIN)
são carregados como
bload "cas:",r
Arquivos gravados com csave:
cload
Nesse caso após o carregamento do arquivo, é necessário pressionar f5 (ou digitar run) para executá-lo.
Em emuladores em geral o processo é o mesmo, e as imagens das Cassette Tapes estão registradas como .cas
Disquetes (Floppy Disks)

Assim como as fitas cassetes, os disquetes armazenam como conteúdo aplicativos diversos, softwares e jogos das mais diferentes empresas.
A maioria dos disquetes já vinha com um comando interno para automatizar o carregamento dos arquivos sem que o usuário precisasse interagir com o sistema para carregar os aplicativos , jogos e etc.
Esse comando era o AUTOEXEC.BAS.
Quando conectado ao drive de disquete o jogo era automaticamente carregado ao ser detectado o arquivo auto executável no mesmo.
Em alguns casos, o próprio usuário poderia digitar o comando para carregar o jogo, através de:
RUN "AUTOEXEC.BAS"
ou
RUN "JOGO"
Em disquetes virgens era só digitar o comando:
SAVE "JOGO" e ele gravava o mesmo no disquete.
Para checar quais arquivos haviam no disquete era só digitar:
FILES
E se aparecesse como resultado:
JOGO.BAS
o procedimento para carregar seria:
RUN "JOGO.BAS"
O AUTOEXEC.BAS nada mais era que um auto executável com a seguinte linha de comando inserida em seu programa:
RUN "JOGO"
E isso possibilitava o carregamento automático do jogo ou aplicativo.
Vale lembrar que alguns jogos que não possuem o boot interno no disquete
e tem a terminação .BIN, podem gerar erro do tipo Direct statement in file, sendo então carregados com o seguinte comando:
BLOAD "NOMEDOJOGO.BIN",R
Formatar o disquete:
Há 2 maneiras.
Pelo MSX BASIC:
_FORMAT ou CALL FORMAT
Em seguida, é perguntado qual Drive o disquete se encontra (no caso de haver mais de um) [A,B]
depois qual o formato do disquete, num esquema semelhante a esse:
Qual o Drive? (A,B)
Formato:
1- 40 trilhas, face simples
2- 40 trilhas, face dupla
3- 80 trilhas, face simples
4- 80 trilhas, face dupla
Também podia ser acionado pelo MSX-DOS através dos mesmos comandos.
Arquivos com extensão .COM
Arquivos com extensão .COM geralmente vinham em disquetes que já possuim o MSXDOS embutido e através do prompt apenas se digitava o nome do jogo sem a sua extensão (.com).
ex:
A> JOGO
Após, teclava-se return (Enter) e o jogo era carregado.
CARTUCHOS (Cartridges)
Os cartuchos tinham várias finalidades, podiam ser expansores, aplicativos, jogos, cartuchos de sons , dentre outras finalidades.
Seria redundância dizer que era o método mais rápido de carregamento de jogo, embora os boots do AUTOEXEC. de disk tb fossem mais eficientes e mais rápidos que os carregamentos em fita, além de não possuírem o ruído da mesma. Mas o problema é que na época, os jogos eram distribuídos nos diferentes formatos. Os que não se encontravam em cassete, se encontravam em disquete ou em cartucho e assim por diante.
CD-ROM
O MSX foi o primeiro dos computadores a utilizar essa mídia em 1986, com Laser Disc Player (LD) lançado para ele ,na Holanda, pela Philips.O CD-ROM para o Micro era provavelmente lido pela porta do cassete. Não há muitas informações sobre isso pois no Brasil o MSX 2 nunca chegou a ser lançado.
Essa teoria baseia-se no fato que o CD tem as trilhas preenchidas com softwares como também ocorria com as fitas cassetes. Só que era acionado pelo cd player e o sinal entrava pela entrada normal de K7 que qualquer MSX tinha.